''Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas...'' Jr 6:16

quarta-feira, 27 de julho de 2011

O Tempo do Ajuntamento



Recortes do texto, O Tempo do Ajuntamento. Leia-o completo no livro Primeiros Escritos de Ellen White, da pg. 74 a 78.


No dia 23 de setembro, o Senhor mostrou-me que Ele havia estendido a Sua mão pela segunda vez para reaver o remanescente do Seu povo, e que se deviam fazer esforços redobrados neste tempo do ajuntamento. Na dispersão, Israel fora castigado e maltratado, mas agora no tempo do ajuntamento, Deus sarará o Seu povo e o unirá. Na dispersão fizeram-se esforços para espalhar a verdade com pouco êxito, pouco ou nada tendo sido conseguido; mas no ajuntamento, quando Deus coloca a Sua mão para readquirir o Seu povo, esforços para disseminar a verdade terão o seu esperado efeito. Todos devem estar unidos e cheios de zelo na obra. Vi que era errado se referirem alguns à dispersão, daí tirando exemplos para nos governar no ajuntamento; pois se Deus não fizesse mais por nós agora do que fez então, Israel jamais seria ajuntado. Tenho visto que o diagrama de 1843 foi dirigido pela mão do Senhor, e que ele não deve ser alterado; que as figurações eram o que Ele desejava que fossem, e que Sua mão estava presente e ocultou um engano em alguma figuração, de maneira que ninguém pudesse vê-lo, até que Sua mão fosse removida. 
Vi então em relação ao "contínuo" (Dan. 8:12), que a palavra "sacrifício" foi suprida pela sabedoria humana, e não pertence ao texto, e que o Senhor deu a visão correta àqueles a quem deu o clamor da hora do juízo. Quando houve união, antes  de 1844, quase todos eram unânimes quanto à maneira correta de se entender o "contínuo"; mas na confusão desde 1844, outras opiniões têm sido abrigadas, seguindo-se trevas e confusão. O tempo não tem sido um teste desde 1844, e nunca mais o será. 

O Senhor me tem mostrado que a mensagem do terceiro anjo deve ir, e ser proclamada aos dispersos filhos do Senhor, mas não deve estar na dependência do tempo. Vi que alguns estavam conseguindo um falso reavivamento, despertado por pregarem sobre o tempo; mas a mensagem do terceiro anjo é mais forte do que o tempo possa ser. Vi que esta mensagem pode sustentar o seu fundamento e não necessita de tempo para fortalecê-la; e que ela irá em grande poder e fará a sua obra, e será abreviada em justiça. 
Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões nos "últimos dias"; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para corrigir os que se desviam da verdade bíblica. Assim tratou Deus com Pedro, quando estava para enviá-lo a pregar aos gentios. Atos 10. 
Àqueles que puderem fazer circular esta pequena obra, eu diria que ela se destina apenas aos sinceros e não aos que ridicularizariam as coisas do Espírito de Deus. 

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Jesus X o Eu

Há mais de cem anos Ellen White já se referia a situação do povo de Deus como prejudicial à verdadeira fé cristã, o que diria ela hoje se entrasse em uma de nossas igrejas? Que este estudo nos sirva de alerta, não leia antes de fazer uma sincera oração pedindo que o Espírito Santo abra sua mente e o seu coração para que compreenda qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus para sua vida. Amém!


A fim de ensinar aos homens e mulheres o nenhum valor das coisas terrestres, deveis encaminhá-los à fonte viva e levá-los a beberem de Cristo, até que o seu coração esteja repleto do amor de Deus, e Cristo seja neles uma fonte de água que salta para a vida eterna. Signs of the Times, 1º de julho de 1889. 

Limpai a fonte e puras serão as águas. Se reto for o coração, corretas hão de ser vossas palavras, vosso vestuário, vossas ações. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 51. 

Um ponto sobre que cumpre instruir os que abraçam a fé é o vestuário - assunto que deve ser cuidadosamente considerado da parte dos recém-conversos. Revelam vaidade no tocante à roupa? Acariciam o orgulho de coração? A idolatria praticada em matéria de vestuário é enfermidade moral; não deve ser introduzida na nova vida. Na maioria dos casos a submissão às reivindicações do evangelho requer uma mudança decisiva em matéria de vestuário. 

A abnegação no vestir faz parte de nosso dever cristão. Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de jóias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé. Somos nós do número dos que vêem a loucura dos mundanos em condescender com a extravagância do vestuário, bem como com o amor das diversões? Se assim é, cumpre-nos ser daquela classe que foge a tudo quanto sanciona esse espírito que se apodera da mente e coração dos que vivem apenas para este mundo, e que não pensam nem cuidam no que respeita ao mundo vindouro. Testemunhos Seletos, vol. 1, pág. 350. 

Avaliamos o caráter de uma pessoa pelo estilo do vestuário que usa. Uma senhora modesta e piedosa trajar-se-á modestamente. Na escolha de um vestuário simples e apropriado revelar-se-á um gosto apurado, uma mente culta. Aquela que é simples e despretensiosa no vestuário e nas maneiras, demonstra compreender que a verdadeira mulher é caracterizada pelo valor moral. Quão encantadora, quão interessante, é a simplicidade no vestir, que em graça pode ser comparada com as flores do campo! Review and Herald, 17 de novembro de 1904. 

Caso o mundo introduza uma moda modesta, conveniente e saudável no vestir, que esteja de acordo com a Bíblia, não mudará nossa relação para com Deus ou para com o mundo adotar tal estilo. Devem os cristãos seguir a Cristo e fazer suas roupas conformar-se com a Palavra de Deus. Devem evitar os extremos. Devem seguir humildemente um rumo certo, sem considerar os aplausos ou a censura, e apegar-se ao que é certo devido aos seus próprios méritos. Testimonies, vol. 1, págs. 458 e 459. 

Alguns se têm preocupado com o uso da aliança, achando que as esposas de nossos pastores se devem conformar com este costume. Tudo isto é desnecessário. Possuam as esposas de pastores o áureo elo que as ligue a Jesus Cristo - um caráter puro e santo, o verdadeiro amor e mansidão e piedade que são os frutos produzidos pela árvore cristã, e certa será, em toda parte sua influência. O fato de o descaso desse costume ocasionar comentários, não é boa razão para adotá-lo. Os americanos podem fazer compreender sua atitude com o declarar positivamente que esse uso não é obrigatório em nosso país. Nós não precisamos usar este anel, pois não somos infiéis a nosso voto matrimonial, e o trazer a aliança não seria prova de sermos fiéis. Sinto profundamente esse processo de fermentação que parece estar em andamento entre nós, na conformidade com o costume e a moda. Nenhum centavo deve ser gasto com esse aro de ouro para testificar que somos casados. Nos países em que o costume for imperioso não temos o encargo de condenar os que usarem sua aliança; que o façam, caso possam fazê-lo em boa consciência; não achem, porém, nossos missionários, que o uso da aliança lhes aumentará um jota ou um til a influência. Se eles são cristãos, isto se manifestará no cristianismo de seu caráter, suas palavras, suas obras, no lar e no convívio com os outros; isto se demonstrará por sua paciência, longanimidade e bondade. Eles manifestarão o espírito do Mestre, possuirão Sua beleza de caráter, a amabilidade de Sua disposição, Seu coração compassivo. Testemunhos para Ministros, pag. 181.


terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma Firme Plataforma.

 Texto extraído do livro Primeiros Escritos de Ellen G. White.

Vi um grupo que permanecia bem guardado e firme, não dando atenção aos que faziam vacilar a estabelecida fé da comunidade. Deus olhava para eles com aprovação. Foram-me mostrados três degraus - a primeira, a segunda e a terceira mensagens angélicas. Disse o meu anjo assistente: "Ai de quem mover um bloco ou mexer num alfinete dessas mensagens. A verdadeira compreensão dessas mensagens é de vital importância. O destino das pessoas depende da maneira em que são elas recebidas." De novo fui conduzida às três mensagens angélicas, e vi a que alto preço havia o povo de Deus adquirido a sua experiência. Esta fora alcançada através de muito sofrimento e severo conflito. Deus os havia conduzido passo a passo, até que os pusera sobre uma sólida plataforma inamovível. Vi pessoas aproximarem-se da plataforma e examinar-lhe o fundamento. Alguns com alegria subiram imediatamente para ela. Outros começaram a encontrar defeito no fundamento. Achavam que se deviam fazer melhoramentos, e então a plataforma seria mais perfeita e o povo muito mais feliz. Alguns desceram da plataforma para examiná-la, e declararam ter sido ela colocada erradamente. Mas eu vi que quase todos permaneciam firmes sobre a plataforma e exortavam os que tinham descido a cessar com suas queixas; pois Deus fora o Mestre Construtor, e eles estavam lutando contra Ele. Eles reconsideravam a maravilhosa obra de Deus, que os conduzira à firme plataforma, e em união levantavam os olhos ao céu e com alta voz glorificavam a Deus. Isto afetou alguns dos que se tinham queixado e deixado a plataforma, e contritos subiram de novo para ela.

Minha atenção foi chamada para a proclamação do primeiro advento de Cristo. João foi enviado no espírito e poder de Elias a fim de preparar o caminho para Jesus. Os que rejeitaram o testemunho de João não foram beneficiados pelos ensinos de Jesus. A oposição, da parte deles, à mensagem que predizia a Sua vinda, colocou-os onde eles não podiam prontamente receber a melhor evidência de que Ele era o Messias. Satanás levou os que rejeitaram a mensagem de João a ir ainda mais longe, a ponto de rejeitar a Cristo e crucificá-Lo. Com este procedimento, colocaram-se onde não podiam receber as bênçãos do dia do Pentecoste, o que lhes teria ensinado o caminho para o santuário celestial...

Muitos olham com horror para a conduta dos judeus em rejeitar e crucificar a Cristo; e, ao lerem a história dos vergonhosos maus-tratos que Lhe infligiram, pensam que O amam e não O teriam negado como o fez Pedro, ou crucificado como o fizeram os judeus. Mas Deus, que lê o coração de todos, tem colocado à prova esse suposto amor por Jesus. Todo o Céu observou com o mais profundo interesse a receptividade da mensagem do primeiro anjo. Porém, muitos que professavam amar a Jesus, e que derramavam lágrimas ao lerem a história da cruz, ridicularizavam as boas novas de Sua vinda. Em vez de receber a mensagem com alegria, declaravam ser ela um engano. Odiavam os que amavam o Seu aparecimento, e expulsaram-nos das igrejas. Os que rejeitavam a primeira mensagem não podiam ser beneficiados pela segunda, nem o eram pelo clamor da meia-noite, que devia prepará-los para entrar com Jesus pela fé no lugar santíssimo do santuário celestial. E pela rejeição das duas primeiras mensagens, ficavam com o entendimento tão entenebrecido que não podiam ver qualquer luz na mensagem do terceiro anjo, que mostra o caminho para o lugar santíssimo...

Alguns ele engana de uma forma, outros de outra. Ele possui diferentes armadilhas preparadas para afetar diferentes mentalidades. Alguns olham com horror para um determinado engano, ao passo que prontamente aceitam outro.

Vi que Deus tem filhos honestos entre os Adventistas Nominais e as igrejas caídas, e antes que as pragas sejam derramadas, pastores e povo serão chamados a sair dessas igrejas e alegremente receberão a verdade. Satanás sabe disso, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica seja ouvido, ele suscitará um despertamento nessas corporações religiosas, a fim de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. Ele espera enganar os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda está trabalhando pelas igrejas. Mas a luz brilhará, e todos os honestos deixarão as igrejas caídas, e tomarão posição ao lado dos remanescentes. 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

A Causa da Degradação Atual.

Leia o texto completo no livro O Grande Conflito, Cap.21. Prefira uma edição original do livro, porque as edições condensadas não trazem as informações completas,tirando assim a beleza e o poder da mensagem. Se preferir leia no www.ellenwhitebooks.com, onde não há cortes nos textos.

Ao pregar a doutrina do segundo advento, Guilherme Miller e seus companheiros haviam trabalhado com o único propósito de despertar os homens ao preparo para o juízo. Tinham procurado acordar os que professavam a religião, para a verdadeira esperança da igreja, e levá-los a sentir a necessidade de uma experiência cristã mais profunda;

Por esse tempo, uma assinalada mudança se presenciou na maioria das igrejas dos Estados Unidos. Havia muitos anos se vinha verificando uma conformação cada vez maior, gradual mas constante, com as práticas e costumes do mundo, e bem assim um declínio correspondente na verdadeira vida espiritual;

Quase que geralmente, os membros da igreja estão-se tornando seguidores da moda: dão mãos aos descrentes nas reuniões de prazer, nas danças, nas festas, etc. Mas não necessitamos de nos expandir neste assunto lastimável.

Semelhante condição nunca prevalece sem causa na própria igreja. As trevas espirituais que caem sobre as nações, igrejas e indivíduos, são devidas, não à retirada arbitrária do socorro da graça divina, por parte de Deus, mas à negligência ou rejeição da luz divina por parte dos homens. Exemplo frisante desta verdade vê-se na história do povo judeu no tempo de Cristo. Pelo apego ao mundo e esquecimento de Deus e Sua Palavra, tornou-se-lhes obscurecido o entendimento, e o coração mundano e sensual. Daí estarem em ignorância quanto ao advento do Messias e, em seu orgulho e incredulidade, rejeitarem o Redentor. Mesmo assim, Deus não privou a nação judaica do conhecimento das bênçãos da salvação, ou de participar delas. Aqueles, porém, que rejeitaram a verdade, perderam todo o desejo do dom do Céu. Tinham "posto as trevas pela luz, e a luz pelas trevas", até que a luz que neles estava se tornou em trevas; e quão grandes eram as trevas! 

Convém à política de Satanás que os homens conservem as formas da religião, embora falte o espírito da piedade vital.
Onde quer que exista causa idêntica, os mesmos efeitos se seguirão. Aquele que deliberadamente abafa as convicções do dever, pelo fato de se achar este em conflito com as tendências pessoais, perderá finalmente a faculdade de discernir a verdade do erro. Obscurece-se o entendimento, a consciência se torna calejada, o coração endurecido, e a alma se separa de Deus. Onde a mensagem da verdade divina é desdenhada e tratada levianamente, ali a igreja se envolve em trevas; esfriam a fé e o amor; entram a separação e a discórdia. Os membros da igreja centralizam seus interesses e energias em empreendimentos mundanos, e os pecadores se tornam endurecidos em sua impenitência. 

O fato de ser a mensagem em grande parte pregada por leigos, era insistentemente apresentado como argumento contra a mesma. Como na antigüidade, ao claro testemunho da Palavra de Deus opunha-se a indagação: "Têm crido alguns dos príncipes ou dos fariseus?" E vendo quão difícil tarefa era refutar os argumentos aduzidos dos períodos proféticos, muitos desanimavam o estudo das profecias, ensinando que os livros proféticos estavam selados, e não deveriam ser compreendidos. Multidões, confiando implicitamente nos pastores, recusaram-se a ouvir a advertência; e outros, ainda que convictos da verdade, não ousavam confessá-la para não serem "expulsos da sinagoga". A mensagem que Deus enviara para provar e purificar a igreja revelou com muita evidência quão grande era o número dos que haviam posto a afeição neste mundo ao invés de em Cristo. Os laços que os ligavam à Terra, mostravam-se mais fortes do que as atrações ao Céu. Preferiam ouvir a voz da sabedoria mundana, e desviavam-se da probante mensagem da verdade. 

Ai! Até que ponto terrível a amizade do mundo, que é "inimizade contra Deus", é hoje acalentada entre os professos seguidores de Cristo! Quão largamente se têm as igrejas populares de toda a cristandade afastado da norma bíblica da humildade, abnegação, simplicidade e piedade!

Professar uma religião tornou-se moda no mundo. Governantes, políticos, advogados, médicos, negociantes, aderem à igreja como o meio de alcançar o respeito e confiança da sociedade, e promover os seus próprios interesses mundanos. Procuram, assim, encobrir, sob o manto do cristianismo, todas as suas transações injustas. As várias corporações religiosas, robustecidas com a riqueza e influência dos mundanos batizados, mais ainda se empenham em obter maior popularidade e proteção. Pomposas igrejas, embelezadas de maneira a mais extravagante, erguem-se nas movimentadas avenidas. Os adoradores vestem-se com luxo e de acordo com a moda. Elevado salário é pago ao talentoso pastor para entreter e atrair o povo. Seus sermões não devem tocar nos pecados populares, mas deverão ser suaves e agradáveis aos ouvidos da aristocracia. Deste modo, ímpios de elevada posição são alistados nos registros da igreja, e os modernos pecados escondidos sob o véu da piedade. 

"Insensivelmente a igreja tem seguido o espírito da época e adaptado suas formas de culto às necessidades modernas." "Todas as coisas, na verdade, que contribuem para tornar atraente a religião, a igreja hoje emprega como seus instrumentos."

O espírito de condescendência com o mundo está a invadir as igrejas por toda a cristandade. Robert Atkins, num sermão pregado em Londres, pinta tenebroso quadro do declínio espiritual que prevalece na Inglaterra: "Os verdadeiros justos estão desaparecendo da Terra, e ninguém leva isto a sério. Os que, atualmente, em todas as igrejas, professam a religião, são amantes do mundo, condescendentes com o mundo, afeiçoados ao conforto pessoal e desejosos de honras. São chamados a sofrer com Cristo, mas temem o vitupério. ... Apostasia, apostasia, apostasia, está mesmo gravado na frente de cada igreja; e se elas o soubessem e o sentissem, poderia haver esperança; mas, ai, elas exclamam: "Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta"." - Biblioteca do Segundo Advento. 

A Escritura Sagrada declara que Satanás, antes da vinda do Senhor, operará "com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça"; e "os que não receberam o amor da verdade para se salvarem" serão deixados à mercê da "operação do erro, para que creiam a mentira". II Tess. 2:9-11. A queda de Babilônia se completará quando esta condição for atingida, e a união da igreja com o mundo se tenha consumado em toda a cristandade. A mudança é gradual, e o cumprimento perfeito de Apocalipse 14:8 está ainda no futuro. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Restauração da Verdade

Trechos extraídos do cap.26 do livro O Grande Conflito. Leia o texto na íntegra utilizando um exemplar original ou pelo site Ellen White Books.


“"Assim diz o Senhor Jeová, que ajunta os dispersos de Israel: Ainda ajuntarei outros aos que já se lhe ajuntaram." Isa. 56:8. Aqui está prefigurado o ajuntamento dos gentios pelo evangelho.

De novo é dada a ordem: "Clama em alta voz, não te detenhas, levanta a tua voz como a trombeta e anuncia a Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." Não é o mundo ímpio, mas são aqueles a quem o Senhor designa como "Meu povo", os que devem ser reprovados por suas transgressões. Declara Ele ainda: "Todavia, Me procuram cada dia, tomam prazer em saber os Meus caminhos, como um povo que pratica a justiça, e não deixa a ordenança do seu Deus." Isa. 58:1 e 2. Aqui se faz referência a uma classe que se julga justa, que parece manifestar grande interesse no serviço de Deus; mas a repreensão severa e solene dAquele que examina os corações, prova que se acham a calcar a pés os preceitos divinos. 

  Desta maneira indica o profeta a ordenança que tem estado esquecida: "Levantarás os fundamentos de geração em geração; e chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar.”Isa 58:12

Deus opera por intermédio dos que ouvem a Sua voz e Lhe obedecem, e que, sendo necessário, falam verdades desagradáveis, e não temem reprovar pecados populares. A razão por que Ele não escolhe mais vezes homens de saber e alta posição para dirigir os movimentos da Reforma, é o confiarem eles em seus credos, teorias e sistemas teológicos, e não sentirem a necessidade de ser ensinados por Deus.

 Não foi a vontade de Deus que os filhos de Israel vagueassem durante quarenta anos no deserto: desejava Ele levá-los diretamente à terra de Canaã e ali os estabelecer como um povo santo, feliz. Mas "não puderam entrar por causa da sua incredulidade". Heb. 3:19. Por sua reincidência e apostasia, pereceram os impenitentes no deserto, e levantaram-se outros para entrarem na Terra Prometida. Semelhantemente, não era a vontade de Deus que a vinda de Cristo fosse tão demorada, e que Seu povo permanecesse tantos anos neste mundo de pecado e tristeza. A incredulidade, porém, os separou de Deus. Como se recusassem a fazer a obra que lhes havia designado, outros se levantaram para proclamar a mensagem. Usando de misericórdia para com o mundo, Jesus retarda a Sua vinda, para que pecadores possam ter oportunidade de ouvir a advertência, e encontrar nEle refúgio antes que a ira de Deus seja derramada. 

    Hoje, como nos séculos anteriores, a apresentação de qualquer verdade que reprove os pecados e erros dos tempos, suscitará oposição. "Todo aquele que faz o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas." João 3:20.

É o mesmo expediente que tem sido adotado em todos os tempos. Elias foi acusado de ser o perturbador de Israel, Jeremias de traidor, Paulo de profanador do templo. Desde aquele tempo até hoje, os que desejam ser fiéis à verdade têm sido denunciados como sediciosos, hereges ou facciosos. Multidões que são demasiado incrédulas para aceitar a segura palavra da profecia, receberão com ilimitada credulidade a acusação contra os que ousam reprovar os pecados em voga.
Tem Deus proporcionado luz a Seus servos nesta geração? Então devem eles deixá-la brilhar ao mundo. 
 Antigamente o Senhor declarou a alguém que falava em Seu nome: "A casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não Me querem dar ouvidos." Não obstante, disse Ele: "Tu lhes dirás as Minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir." Ezeq. 3:7; 2:7. Ao servo de Deus, no presente, é dirigida esta ordem: "Levanta a tua voz como a trombeta e anuncia ao Meu povo a sua transgressão, e à casa de Jacó os seus pecados." 
Tanto quanto as oportunidades o permitam, cada um que haja recebido a luz da verdade se encontra sob a mesma responsabilidade solene e terrível em que esteve o profeta de Israel, a quem viera a palavra do Senhor, dizendo: "A ti pois, ó filho do homem, te constituí por vigia sobre a casa de Israel;  tu, pois, ouvirás a palavra da Minha boca, e lha anunciarás da Minha parte. Se Eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, mas o seu sangue Eu o demandarei da tua mão. Mas, quando tu tiveres falado para desviar o ímpio do seu caminho, para que se converta dele, e ele se não converter do seu caminho, ele morrerá na sua iniqüidade, mas tu livraste a tua alma." Ezeq. 33:7-9. 
A homens de princípios, fé e ousadia, deve o mundo as grandes reformas. Por tais homens tem de ser levada avante a obra de reforma para este tempo. “

sexta-feira, 1 de julho de 2011

O Sonho Sobre(De) Guilherme Miller.



Cuidado com o que você lê! 
Esse texto do livro Primeiros Escritos foi traduzido para o português como o Sonho sobre Guilherme Miller, mas no original em inglês lemos, Willian Miller`s Dream, ou seja, O Sonho de Guilherme Miller. Além de mudar o título, os tradutores também mudaram o gênero da pessoa que relata o sonho. No português o texto é escrito na primeira pessoa do singular, no gênero feminino, enquanto no inglês está no gênero masculino (isso porque foi um sonho de Miller).
Então tenha muita atenção quando ler materiais traduzidos para o português, especialmente quando forem compilações, elas podem estar fora do contexto. Busque sempre a fonte original, pesquise por você mesmo.

 Eis o sonho:
 Sonhei que Deus, por uma mão invisível, enviou-me um cofrinho admiravelmente trabalhado, cujo tamanho era de mais ou menos 15 cm de comprimento por 25 cm de largura, feito de ébano e curiosamente marchetado de pérolas. Presa ao pequeno cofre havia uma chave. Imediatamente tomei a chave e abri o cofre quando, para minha surpresa, encontrei-o cheio de jóias de toda espécie e tamanho, diamantes, pedras preciosas e moedas de prata e ouro e de todo tamanho e valor, lindamente arranjadas em seus diferentes lugares no cofre; e assim arranjadas elas refletiam luz e glória só igualadas pelo Sol.
 
    Achei que eu não devia desfrutar esta maravilhosa visão sozinha(o), embora o meu coração estivesse mais que jubiloso ante o brilho, beleza e valor do seu conteúdo. Assim coloquei-o em uma mesa de centro, em minha sala, e anunciei que todos os que tivessem vontade podiam vir e contemplar a mais gloriosa e fulgurante visão nunca antes vista pelo homem nesta vida. 

  O povo começou a entrar, de início poucos em número, mas aumentou até tornar-se uma multidão. Quando no princípio olharam para dentro do cofre, exclamaram de alegria. Mas quando os espectadores aumentaram, cada um começou a mexer nas jóias, tirando-as do cofre e espalhando-as na mesa. 
 
    Comecei a pensar que o dono reivindicaria outra vez o cofre e as jóias de minhas mãos; e se eu permitisse que fossem espalhadas, jamais conseguiria colocá-las de novo em seus lugares no cofre como estavam antes; e senti que eu nunca poderia fazer face ao custo, pois seria imenso. Comecei então a apelar ao povo para que não as manuseasse, não as tirasse do cofre; mas quanto mais eu pedia, mais as espalhavam; e agora pareciam espalhá-las todas sobre o assoalho, pelo piso e sobre toda peça de mobiliário na sala. 


    Vi então que entre as pedras genuínas e moedas, eles haviam espalhado uma quantidade inumerável de jóias ilegítimas e moedas falsas. Senti-me profundamente revoltada(o) com seu baixo procedimento e ingratidão, e reprovei-os e censurei-os por isso; mas quanto mais eu os reprovava, mais eles espalhavam as jóias e moedas falsas entre as genuínas. 


    Fiquei revoltada(o) e comecei a usar a força física para expulsá-los do aposento; mas enquanto eu estava empurrando um para fora, três entravam e traziam para dentro sujeira, cisco, areia e toda espécie de lixo, até que cobriram cada uma das verdadeiras jóias, diamantes e moedas, ficando tudo fora de vista. Partiram também em pedaços o meu cofre e espalharam-no entre o lixo. Pensei que homem algum se incomodava com minha tristeza ou minha ira. Fiquei inteiramente desanimada(o) e desencorajada(o), e assentei-me e chorei. 

 Enquanto eu estava assim chorando e lamentando a minha grande perda e responsabilidade, lembrei-me de Deus, e ferventemente orei para que Ele me enviasse auxílio. 
    Imediatamente a porta se abriu e um homem entrou na sala, quando todas as pessoas se haviam retirado; e esse homem, tendo na mão uma vassoura, abriu as janelas, começando a varrer a sujeira e o lixo da sala. 
    Pedi-lhe que desistisse, pois havia algumas jóias preciosas espalhadas entre o lixo. 
    Disse-me ele para "não temer", pois "tomaria cuidado delas". 

 Então, enquanto ele varria o lixo e a sujeira, jóias e moedas falsas, tudo saiu pela janela como uma nuvem, sendo levados pelo vento para longe. Na agitação eu fechei os olhos por um momento; quando os abri o lixo tinha desaparecido. As jóias preciosas, os diamantes, as moedas de ouro e de prata, continuavam espalhadas em profusão por todo o recinto. 
 
    Ele colocou então sobre a mesa um cofre, muito maior e mais belo que o anterior, e ajuntou as jóias, os diamantes, as moedas, e lançou-as dentro do cofre, até não ficar uma só, embora alguns dos diamantes não fossem maiores que a ponta de um alfinete. 

    Então ele me chamou: "Vem e vê." 
    Olhei para dentro do cofre, mas os meus olhos estavam deslumbrados com a visão. Elas brilhavam com glória dez vezes maior que a anterior. Pensei que tivessem sido esfregadas contra a areia pelos pés das pessoas ímpias que as haviam espalhado e sobre elas pisado contra a poeira. Elas estavam arrumadas em bela ordem no cofre, cada uma no seu devido lugar, sem qualquer visível esforço da parte do homem que as pusera ali. Soltei uma exclamação de verdadeira satisfação, e esse grito despertou-me.