''Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas...'' Jr 6:16

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Tentação por Meio do Apetite (do livro Conselhos Sobre Saúde, de EGW)

Sempre ouvi pregadores falarem que Adão e Eva tiveram convicção do seu pecado logo após comerem o fruto. Hoje, lendo os escritos inspirados, encontrei o texto que compartilho aqui no blog e que desconstroe essa falsa idéia. Eles caíram em si quando ouviram a voz de Deus. E nós, temos ouvido a voz de Deus?









Uma das mais fortes tentações que o homem tem de enfrentar é em relação ao apetite. No princípio Deus fez o homem reto. Ele foi criado com perfeito equilíbrio mental, sendo plena e harmoniosamente desenvolvidos o tamanho e a força de todos os seus órgãos. Mas pela sedução do astucioso inimigo, a proibição de Deus foi desrespeitada e as leis da Natureza exercitaram sua plena penalidade.

A Adão e Eva foi permitido comer de todas as árvores em seu lar edênico, exceto de uma... Eva foi enganada pela serpente, e levada a crer que Deus não faria como dissera... A serpente havia dito que ela não morreria, e ela não sentiu nenhum efeito negativo ao comer do fruto, nada que pudesse ser interpretado como a indicar morte, mas, pelo contrário, uma sensação agradável, a qual imaginava ela fosse semelhante à que os anjos experimentavam. Sua experiência se insurgia contra a positiva ordem de Jeová; contudo, Adão consentiu em ser seduzido por ela.

Em face dos mais positivos preceitos divinos, homens e mulheres seguem suas próprias inclinações, e depois ousam orar sobre o assunto, para induzirem Deus a admitir que eles andem contra a Sua vontade expressa. Satanás vem para o lado de tais pessoas, assim como o fez com Eva no Éden, e as impressiona.

O Apetite e os Antediluvianos: Desde que se rendeu pela primeira vez ao apetite, tem a humanidade aumentado cada vez mais a tolerância para consigo mesma, de maneira que a saúde tem sido sacrificada no altar do apetite. Os habitantes do mundo antediluviano eram intemperantes no comer e beber. Alimentavam-se de carne, embora Deus ainda não houvesse dado ao homem qualquer permissão para ingerir alimento animal. Eles comiam e bebiam até que seu depravado apetite não conhecesse limites, e tornaram-se tão corrompidos que Deus não mais os pôde suportar. O copo de sua iniqüidade estava cheio, e Ele purificou a Terra de sua contaminação moral por meio de um dilúvio.

A Intemperança Após o Dilúvio: Ao se multiplicarem os homens sobre a Terra após o dilúvio, de novo se esqueceram de Deus, e corromperam seus caminhos perante Ele. Aumentou a intemperança em toda forma, até que quase o mundo todo estava entregue a sua influência. A satisfação ao apetite antinatural conduziu os pecados que acarretaram a destruição de Sodoma e Gomorra. Deus atribui a queda de Babilônia a sua glutonaria e embriaguez. A condescendência para com o apetite e as paixões fora o fundamento de todos os seus pecados.

A Experiência de Esaú: Esaú teve um desejo forte, especial, por uma determinada espécie de alimento, e por tanto tempo estava habituado a satisfazer o eu que não sentiu qualquer necessidade de fugir do prato tentador e cobiçado. Quanto mais nele pensava, mais seu desejo era fortalecido, até que sua primogenitura, que era coisa sagrada, perdeu para ele seu valor e santidade. Ele se vangloriava de que podia dispor-se de sua primogenitura e tornar a adquiri-la à vontade; mas, ao procurar reavê-la, ainda que com grande sacrifício, não foi capaz de fazê-lo. Então se arrependeu amargamente de sua imprudência, de sua insensatez, de sua loucura, mas foi tudo em vão. Ele havia desprezado a bênção, e o Senhor a retirou dele para sempre.

Israel Desejou as Panelas do Egito: Quando o Deus de Israel tirou o Seu povo do Egito, privou-os de alimento cárneo em grande medida, mas deu-lhes pão do Céu e água da dura rocha. Com isto não ficaram eles satisfeitos. Abominaram o alimento que lhes fora dado e desejaram voltar para o Egito, onde podiam sentar-se junto às panelas de carne. Preferiam suportar a escravidão, e até mesmo a morte, a serem privados da carne. Deus lhes satisfez o desejo, dando-lhes carne, e deixando-os comerem-na até que sua glutonaria gerou uma praga, em conseqüência da qual muitos morreram.

Exemplo após exemplo poderia ser citado, para mostrar os efeitos do condescender com o apetite. A nossos primeiros pais pareceu coisa de pouca importância transgredir a ordem de Deus naquele único ato - comer do fruto de uma árvore tão linda à vista e tão agradável ao paladar - mas isso rompeu sua fidelidade a Deus e abriu as comportas de um dilúvio de culpa e desgraça que tem inundado o mundo.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Conselho sobre Regime Alimentar – Cap.1B



Aqui está a segunda parte do capítulo 1, Razões para a Reforma, do livro Conselhos sobre Regime Alimentar.

Não é nosso objetivo expor aqui opiniões pessoais, mas apresentar o que a pena inspirada deixou registrado sobre o assunto.

"Fui incumbida de dirigir uma mensagem a todo o nosso povo no tocante à reforma da saúde; pois muitos se tem desviado de sua anterior fidelidade a esses princípios."pg.36


Há uma obra que nos compete fazer - obra inflexível e de zelo. Todos os nossos hábitos, gostos e inclinações devem ser educados em harmonia com as leis da vida e da saúde. Dessa forma podemos garantir as melhores condições físicas, e teremos clareza mental para discernir entre o mau e o bom.

Deus sempre honra o direito... A forma ereta, o passo firme, elástico, a agradável fisionomia, os sentidos apurados, o hálito incontaminado - tudo isto era um certificado de bons hábitos, insígnia da nobreza com que a Natureza honra os que são obedientes a suas leis... A história de Daniel e seus companheiros foi registrada nas páginas da Palavra Inspirada para o benefício da juventude dos séculos futuros. O que homens fizeram, homens podem fazer. Não permaneceram esses jovens hebreus firmes em meio a grandes tentações, e não deram nobre testemunho em favor da verdadeira temperança? Pois a juventude hoje pode dar idêntico testemunho.

O perigo para nós não está na carência, mas na abundância...

Há muitos entre os professos cristãos hoje que denunciariam Daniel como tendo sido demasiado minucioso, julgando-o estreito e fanático... Mas os que assim arrazoam verificarão no dia do juízo que viraram as costas a expressas exigências de Deus, tendo colocado sua opinião como norma do que é direito ou errado.

A reforma de saúde, foi-me mostrado, é parte da terceira mensagem angélica, e está com ela tão intimamente relacionada como está o braço e a mão com o corpo humano... A glutonaria é o pecado prevalecente neste século. O lascivo apetite torna homens e mulheres escravos, obscurecendo-lhes o intelecto e diminuindo-lhes a sensibilidade moral a tal ponto que as sagradas e elevadas verdades da Palavra de Deus não são apreciadas...

O corpo deve ser servo da mente, e não a mente serva do corpo.

O refrigério ou poder de Deus só atingirá os que se houverem para ele preparado, fazendo o trabalho que Deus ordena, isto é, purificando-se de toda a impureza da carne e do espírito, aperfeiçoando-se em santidade, no temor de Deus.

Permitiremos nós, que temos tido tão grandes oportunidades, que o povo do mundo tome a nossa frente na reforma de saúde? Tornar-nos-emos por nossa incoerência motivo de zombaria?

Muito melhor é abandonar o nome de cristão do que fazer uma profissão de fé e ao mesmo tempo transigir com o apetite que fortalece paixões não santificadas.

Todos estão sendo provados para que se veja se aceitarão os princípios de reforma de saúde ou seguirão uma conduta de condescendência própria.

Que ninguém pense que pode fazer como lhe aprouver em matéria de dietética. Mas diante de todos que se assentam à mesa convosco, deixai claro que seguis princípios em questão de alimentação, como em tudo mais, a fim de que a glória de Deus seja revelada.

As circunstâncias não podem operar reformas. Cristianismo pressupõe uma reforma do coração. O que Cristo opera no interior, será manifesto no exterior sob os ditames de um intelecto convertido. O plano de iniciar pelo exterior e procurar operar interiormente, tem sempre falhado e falhará sempre. O plano de Deus para vós é começar na própria sede de todas as dificuldades - o coração - e então do coração hão de jorrar os princípios da justiça; a reforma será tanto externa como interna.

Os que elevam as normas tanto quanto podem para aproximá-las da ordem de Deus, segundo a luz que Ele lhes tem dado através de Sua Palavra e dos testemunhos do Seu Espírito, não mudarão sua conduta a fim de satisfazer aos desejos dos seus amigos ou parentes, sejam eles um, dois ou um exército, que estiverem vivendo contrariamente ao sábio plano de Deus. A pergunta é: "Estamos dispostos a ser verdadeiros reformadores da saúde?"

É esta uma obra que tem de ser feita antes que o povo de Deus possa ser apresentado diante dele perfeito.

Alguns crentes professos aceitam certas porções dos Testemunhos como mensagens de Deus, ao passo que rejeitam outras que condenam suas inclinações favoritas.

Tem-nos sido entregue a obra de promover a reforma de saúde. O Senhor deseja que o Seu povo viva em mútua harmonia. Como deveis saber, não deixaremos a posição que nos últimos trinta anos o Senhor nos tem indicado como norma. Acautelai-vos quanto a vossa posição contrária à obra da reforma de saúde.

Meu irmão, embora falheis em introduzir no vosso lar e em vossa família as bênçãos que advêm com o seguir os princípios da reforma de saúde, não prejudiqueis aos outros pela oposição à luz que Deus tem outorgado sobre este assunto. Não se pode brincar com a luz dada por Deus sobre a reforma de saúde sem prejuízo para os que o tentam; e homem nenhum pode esperar ser bem-sucedido na obra de Deus enquanto, por preceito e exemplo, age em oposição à luz que Deus enviou.

Estais tropeçando na própria bênção que o Céu tem posto em vosso caminho para tornar menos difícil o vosso progresso.

Para o nosso sustento Ele nos deu os puros e saudáveis produtos da terra. Agradeça cada um de nós a Deus o termos ainda uma oportunidade de formar o caráter para a vida eterna futura.